Muita proteína faz mal para os rins?
- Larissa Schlösser

- 29 de mar. de 2024
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Essa é uma dúvida comum quando se fala em suplementações de proteína ou até mesmo em um consumo maior por meio da dieta.
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Uma dieta hiperproteica é interessante para promover hipertrofia muscular, preservar a massa muscular em processos de emagrecimento, atenuar o processo de sarcopenia (processo natural de perda de massa muscular devido ao envelhecimento), além de aumentar a saciedade.
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Muitas pesquisas mostram o aumento do volume de líquido que é filtrado pelo rim (Taxa de Filtração Glomerular) conforme aumento de proteínas da dieta, e por isso a associam a um prejuízo nesse órgão. Porém essa resposta é adaptativa e não se pode afirmar que esteja relacionada ao aumento do risco de doenças renais.
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Com base nas evidências que temos até hoje, em indivíduos saudáveis um maior consumo proteico seja por meio de suplementos ou dieta, não prejudica a função renal. Isso também não quer dizer que você precisa ingerir uma quantidade tão elevada de proteínas, nem que precisa suplementar, nem que quanto mais ingerir mais benefícios você vai ter.
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Há uma superestimação desse nutriente, principalmente por praticantes de treinamento resistido. Não há nada que justifique ultrapassar as doses de recomendação, já que elas comprovadamente não promovem resultados melhores.
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Já no caso de pacientes com doenças renais, estes sim têm seus quadros agravados quando realizam uma dieta hiperproteica, devido a sua função renal já comprometida. Para indivíduos que possuem fatores de risco para doenças renais há controvérsias quanto as implicações de uma dieta hiperproteica.
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Referências
Doi: 10.1093/jn/nxy197
Doi: 10.1155/2016/9104792